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quinta-feira, 25 abril, 2024

Morte do Jornalismo

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Há anos o Jornalismo está agonizando. Agora parece ter morrido. Gente mal formada escrevendo e falando sem qualquer base ou conhecimento. Gente estranha e de mal com a gramática produzindo notícias e opiniões. Gente achando que Jornalismo é somente um negócio como outro qualquer. Uma pena. Se o Jornalismo está morto, mais saudável e disposto está o jornalismo.
Não estamos levando em conta notícias falsas. Ou opiniões idiotas. Idiotas estão em todos os lugares e profissões. Principalmente na imprensa, invadida por profissionais de todas as áreas que não se limitam à função para a qual foram preparados. Aventuram-se a escrever e falar. Sempre de forma idiota. Tentam formar um estamento que não existe.
Não estamos falando de limitação intelectual, típica de imbecis. Leva-se em conta que a linguagem foi simplificada. Nada de termos rebuscados para descrever o óbvio, prática que era adotada até os anos 1960. Prática que praticamente obrigava repórteres a escreverem nosocômio em vez de hospital. Soldados do fogo, em vez de bombeiros. Ouro negro, em vez de petróleo. Ou precioso líquido em vez de água. Isso passou.
A limitação intelectual produz ignorância e reproduz a idiotice. Amplifica a imbecilidade. Jornalistas sempre tiveram opinião própria. Nunca esconderam de ninguém. Mas hoje muitos extrapolam. Abusam do direito de opinar. E dão voz e espaço para outros idiotas, estranhos ao meio, fazerem o mesmo.
Jornalistas não fazem cirurgia, não advogam, não desenham prédios ou casas. Mas médicos, advogados, engenheiros, economistas e outros sempre têm um artigo a ser publicado. E ficam bravos quando esse artigo vai para a lata do lixo. Alguns profissionais são brilhantes, inteligentes, cultos. Outros seguem a toada do jornalismo atual. Não do Jornalismo de verdade.
A desqualificação é tamanha que o meio já pode ser comparado a um lupanar. Prostitui-se a língua e a consciência por interesses espúrios. Ou inconfessáveis. Há quem reclame de causas ignoradas. Ou de causas defendidas. Mas isso faz parte do jogo. Jornais não são como rádio e TV, concessões federais. Jornais podem ter opinião. Podem ter lado. Cabe ao leitor aceitar ou não.
Mas o leitor distingue essa invasão. Percebe facilmente quando um idiota externa ou verbaliza o que pensa. Separa a razão e a inteligência da cornucópia de ignorantes. Não há meio termo. Não existe meio idiota. Identifica facilmente a falta do líquido cefalorraquidiano.
Se ainda houver tempo para algum tipo de dignidade esse tempo não é o de agora. Organismos, quando definham, morrem. Para ressurgir será preciso muito esforço. Talvez muita inteligência. Coisas raras no jornalismo atual.

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