Justiça cassa Dalete e manda TRE fazer novas eleições

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou na terça (6) a cassação dos mandatos da prefeita Paula Ribas e de sua vice, Dalete de Oliveira. A decisão do plenário do TSE foi unânime, o que significa que não cabe recurso. Motivo da cassação foi abuso de poder político e econômico nas eleições de 2016. Ambas também ficam inelegíveis durante oito anos. Até que o Tribunal Regional Eleitoral organize novas eleições – provavelmente para março – a Prefeitura fica com o presidente da Câmara, Eurico Missé.
Na verdade, Cajamar está um balaio de gatos há algum tempo. Em 2016, Paula Ribas, que já era prefeita, disputou a reeleição. Sua vice na disputa foi a então vereadora Dalete de Oliveira. Vitoriosa em 2016, Paula reassumiu a Prefeitura em janeiro de 2017. Pouco depois começaram os problemas com a Justiça.
O imbróglio foi tamanho – e as brigas com a Câmara também – que o marido de Paula, o x-prefeito Toninho Ribas, chegou a ficar preso durante alguns meses. Ele estaria interferindo nas investigações e atrapalhando a Justiça.
 
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Neste ano, Dalete foi acusada de receber propina de uma organização de saúde, responsável por gerir o hospital local. O intermediário da propina, de R$ 300 mil, seria seu filho Eryck. O caso, levado ao conhecimento de Dalete, foi abafado.
Ambas foram acusadas de crimes de abuso de poder político e econômico. A Justiça afastou Paula, e Dalete assumiu. Chegou a ser afastada pela Câmara, mas se manteve no cargo com liminar. A Ação de Investigação Judicial Eleitoral contra a prefeita e sua vice foi apresentada pela Coligação Uma Nova História para Cajamar na primeira instância da Justiça Eleitoral.