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quinta-feira, 25 abril, 2024

Excessos e injustiças nos feriados

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Nesta e na passada tivemos o mau exemplo do excesso de feriados. Não por eles, mas pelas emendas. Feriado na quinta, e não se trabalha na sexta. Feriado na terça, a segunda é dispensável. Feriados questionáveis, diga-se de passagem. Para deleite e prazer de quem gosta de ficar de papo pro ar.
Nossos feriados são por demais injustos. Festeja-se Tiradentes (21 de abril) por causa de uma revolta em Minas. Restrita a Minas. E o dia do descobrimento do País passa em brancas nuvens. Festeja-se a Proclamação da República (15 de novembro) como ato de heroísmo. Mentira. Foi um golpe militar contra o Império. E ignora-se o Dia da Bandeira.
Comemora-se o 1º de Maio, Dia do Trabalho. Num país que tem 14 milhões de desempregados. E num país que há uma minoria que gosta de trabalhar. De quebra, a terça-feira de Carnaval é um feriado não oficial. Um feriado adotado. E certeza de ponto facultativo nas dinâmicas repartições públicas.
Comemora-se o Dia da Consciência Negra (20 de novembro). Como se um feriado bastasse para apagar o passado de escravidão e um presente de discriminação. Mas não há igualdade. Por questão de justiça – há outras raças no País. No nosso modesto entender, não há raças. Há gente. Ou uma só raça, a humana.
Em Jundiaí há cinco feriados religiosos. Todos impostos ou conseguidos pela Igreja Católica. Sexta-feira Santa, Corpus Christi, Dia da Padroeira da cidade (15 de agosto), Dia da Padroeira do Brasil (12 de outubro) e Natal 25 de dezembro). O estado não é tão laico como se autoproclama.
Não há um feriado dedicado aos presbiterianos, aos espíritas, aos umbandistas, aos adventistas, aos metodistas, aos batistas ou aos assembleianos. Se houvesse justiça, haveria um ou outro feriado religioso. Ou todos. Ou talvez único. Um feriado ecumênico, dir-se-ia.
Feriados influem na economia. A cada feriado, todos deixam de produzir, embora as empresas arquem com o custo. Como tudo o que é do governo, que cria problemas e joga nas costas do empresariado o sal da conta. Quer exemplo melhor do que o salário mínimo?
O governo decreta que o salário mínimo é de X reais. Com o aumento, passa a arrecadar mais. Mais INSS – tudo na base da porcentagem. Quem paga a conta é a empresa, que também passa a recolher mais.
 
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E ninguém vai resolver essa questão. Não interessa desagradar. Se precisar agradar, cria-se novos feriados. Não faltam deputados idiotas e senadores imbecis para propor novos feriados e novas festas. E não faltarão associações para aplaudir as nobres criações.
Essa vocação para a vadiagem existe e não é de agora. Quando a Corte Portuguesa se mudou para o Brasil (1808), ficou chocada com a malemolência tupiniquim. Espantou-se com patrões da época, que mandavam escravos buscar uma caneca d´agua. Ou com os que mandavam escravos amarrar suas botas.
Vagabundagem, por aqui, está na raiz. Não é qualquer Round Up que vai extirpá-la.

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