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quinta-feira, 28 março, 2024

Ações em Jundiaí alertam para os riscos da diabetes

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O Brasil é o quarto país com o maior número de diabéticos no mundo. A doença atinge mais de 12,5 milhões de pessoas e a estimativa da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) é de que chegue a 24 milhões até 2045. Em Jundiaí, de acordo com dados da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde, há cerca de 25 mil pessoas com diabetes tipo 2 e entre 1.250 a 2.500 com tipo 1, predominantemente crianças e adolescentes. No mês em que se celebra o Dia Mundial da Diabetes e o Dia Municipal de Prevenção ao Diabetes (14 de novembro), uma série de ações nas unidades básicas de saúde vai alertar a população da cidade sobre a doença.
A diabetes afeta diversos órgãos e é fator de alto risco para infarto e perda irreversível das funções dos rins, maior causa de cegueira hoje no País e responsável por um grande número de amputações de membros inferiores. Apesar dessas graves consequências, uma pesquisa divulgada em julho deste ano mostrou que apenas um em cada quatro brasileiros considera a diabetes uma doença grave.
“A diabetes já pode ser considerada uma epidemia e a mortalidade vem crescendo nos últimos anos. Metade dos diabéticos, porém, não sabe que tem a doença e deixa de fazer o controle adequado”, afirma a médica nefrologista Maria Gabriela Rosa, da Renal Quality, de Jundiaí.
De janeiro a dezembro de 2017, o total de óbitos em Jundiaí em decorrência da doença chegou a 48, de acordo com informações da Prefeitura, uma taxa de mortalidade 11,72 por 100.000 habitantes. Neste ano, de janeiro a setembro, já são 36 ocorrências (8,79 por 100.000 habitantes). Em todo o Brasil, o número de mortes aumentou 12% em dez anos.
De acordo com Maria Gabriela, o desconhecimento da população sobre a doença é um dos fatores que contribuem para a elevação das estatísticas. “Um levantamento realizado no mês de maio em 153 cidades brasileiras mostrou que apenas 1% dos entrevistados sabia que a diabetes pode provocar problemas renais”, diz a especialista.
Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), 25% das pessoas com diabetes tipo 1 e de 5% a 10% dos diabéticos com o tipo 2 da doença desenvolvem insuficiência nos rins. Em países europeus e nos Estados Unidos, é causa de até 80% dos novos casos de perda irreversível das funções renais.
A diabetes é uma doença em que há aumento da glicose (açúcar) no sangue e está associada especialmente à obesidade, sedentarismo, maus hábitos alimentares e ao envelhecimento da população. Pessoas com histórico na família também estão mais propensas a desenvolver a doença.
O tipo 2 é o mais comum e representa cerca de 90% dos casos. O tipo 1 ocorre geralmente em crianças e adolescentes. Durante a gravidez, também pode ocorrer a diabetes gestacional, com a elevação da quantidade de açúcar no sangue acima do normal e que, geralmente, se normaliza após o parto.
Entre os sintomas estão a perda de peso, sonolência e cansaço, formigamento nas mãos ou nos pés, visão embaçada, sede, aumento na vontade de urinar, enjoo e dores de cabeça. A doença pode ser detectada com exames simples que investigam a presença de açúcar na urina e medem a quantidade desta substância no sangue.
A diabetes não tem cura, mas pode ser controlada com a adoção de hábitos de vida saudáveis, entre eles alimentação equilibrada e exercícios físicos, e, quando necessário, com medicamentos, como a insulina. 
Este ano, o tema do Dia Mundial da Diabetes é a família. Para a médica Maria Gabriela, o apoio de pessoas próximas tem um efeito bastante benéfico no controle dos níveis de glicemia pelos diabéticos e reflete positivamente também na qualidade de vida dos doentes. “Essa rede é muito importante. O envolvimento da família contribui tanto para melhorar a adesão ao tratamento como para reduzir o impacto emocional da doença”, afirma a médica.
SAIBA MAIS
Diversas atividades temáticas de conscientização sobre a diabetes estão programadas para ocorrer este mês nas Unidades Básicas de Saúde de Jundiaí. Entre elas, estão caminhadas, bate-papo para orientação e mutirões de testes de glicemia capilar. As unidades são porta de entrada para o atendimento e encaminhamento dos pacientes com diabetes na rede de saúde da cidade.
Desde 12 de setembro deste ano, os diabéticos de Jundiaí têm prioridade de atendimento nos estabelecimentos privados de saúde da cidade para a realização de exames médicos e laboratoriais que exijam jejum total. O benefício é garantido pela Lei Municipal nº 9033, sancionada menos de um mês após ser aprovada pela Câmara.
O Dia Municipal de Prevenção ao Diabetes foi instituído em Jundiaí pela Lei 8958/2018, de maio deste ano.

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