Arena Babel, aquela, encerra atividades em Jundiaí

Há um ditado que diz que quando alguma coisa começa errada, termina pior ainda. A Arena Babel, que se instalou num terreno da avenida Luiz Latorre, em Jundiaí, há pouco mais de seis meses, é um testemunho vivo desse ditado. Nesta semana, a arena anunciou o fim de suas atividades em Jundiaí.
Começou tudo errado. A arena se instalou num terreno que está em área de proteção ambiental. Pra piorar, por lá passa um córrego – e quando há um curso d´agua, a legislação determina que seja respeitada uma faixa de terreno. Coisa que a Babel ignorou. Mesmo assim seus donos ergueram a tenda e anunciaram a inauguração. A Prefeitura chegou a embargar a obra, mas depois a liberou.
Sem um estudo de impacto no trânsito (só deu confusão), sem estudo de impacto de vizinhança, e sem a vistoria do Corpo de Bombeiros, a Babel anunciou um grande show de inauguração. Mas o Ministério Público conseguiu que a Justiça suspendesse a farra. No dia 20 de abril – data anunciada da inauguração – haveria show com Henrique Juliano. No dia 22, um domingo, seria show com Gustavo Lima. O show de Henrique e Juliano foi transferido para Itatiba, no Sossega Madalena, e aí houve mais confusão.
Os Bombeiros fizeram uma série de exigências. Uma delas seria a troca da lona de cobertura – a que estava instalada era inflamável. Nos dias em que se seguiram, nenhuma lona foi trocada, tampouco se construiu uma área de emergência em caso de tumulto. Estudo de Impacto de Vizinhança ficou na saudade. Ídem com o de trânsito. Os moradores próximos temiam pela barulheira.
 
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No dia 10 de junho a Babel foi reaberta. Com restrições. Antes o público era de sete mil, mas os Bombeiros permitiram somente quatro mil pessoas. Foram proibidos também shows de pirotecnia e uso de GLP.
Enquanto funcionou, a Babel só foi problema. Em dias de show, muito barulho e confusão na avenida Luiz Latorre. Vizinhos entraram em desespero com a barulho, mas não adiantou nada. Agora, vencido o prazo de aluguel do terreno, o dono não quis renová-lo. Não restou alternativa para a Babel, a não ser levar seus problemas para outras cidades.