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quinta-feira, 18 abril, 2024

Enterrar os fios em Jundiaí? Por enquanto nem pensar

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Há alguns anos, fazendo campanha para ser prefeito, Pedro Bigardi, hoje candidato a deputado estadual, prometeu acabar com as linhas de alta tensão em Jundiaí. Enterraria os fios, tiraria as torres e construiria grandes avenidas. Doce ilusão. Segundo a CPFL, o custo de cada quilômetro desse serviço sairia por R$ 10 milhões para uma fiação trifásica de 145 kv.
Mas a idéia de acabar com a fiação aérea continua viva. Viva e isolada. “Não existe no momento estudo ou projeto para implantação de rede subterrânea. Este tipo de estudo teria que passar pelos órgãos reguladores do setor elétrico, pois impactariam praticamente todas as distribuidoras do país”, afirma a assessoria da CPFL.
E Jundiaí daria um trabalho e tanto. Hoje existem 46.781 postes da CPFL, que abrigam 1.037 quilômetros de fiação da rede primária (aquela que fica na parte mais alta) e 1.427 quilômetros de rede secundária.
Com uma coisa todos concordam: a fiação aérea está enfeiando a cidade. Muitos postes estão com fios pendurados, enrolados e até abandonados. São fios de outras concesssionárias, como telefone e TV a cabo, que usam os postes da CPFL. Como a fiação da CPFL produz choque elétrico, o cuidado é maior.
A empresa concorda também que os cabos subterrâneos são mais seguros, pois têm blindagem metálica. “Mas fiação subterrânea oferece outros problemas para sua implantação e exige estudos de impacto. Atualmente a CPFL instala fiação aérea com as tecnologias Rede Compacta Primária (Spacer Cable) e Rede Secundária Multiplexada que possuem uma camada de proteção minimizando desligamentos, além de ser esteticamente mais agradáveis”, continua a CPFL.
Se um dia a idéia foi levada adiante, todas as demais concessionárias (TV a cabo e telefonia) teriam de migrar também para a subterrânea, uma vez que os postes seriam removidos. “A lógica de conversão de uma rede aérea para subterrânea é que os demais ocupantes também enterrem seus ativos, pois a posteação seria retirada”, explica a empresa.
Projeto desvirtuado
Embora não haja intenção de se enterrar os fios, Jundiaí teve um projeto prevendo esse tipo de serviço. Foi nos anos 1970, quando foi construída a avenida Nove de Julho. O projeto foi executado integralmente: à beira do córrego, foram instaladas tubulações para eletricidade, telefone, rede de água e rede de esgoto.
 
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Esteticamente a avenida ficou perfeita, mas a alegria durou pouco. Sucessivas administrações da cidade instalaram novos equipamentos, como semáforos, e os fios começaram a ficar pendurados sobre a Nove de Julho. Além dos equipamentos, outras ligações foram feitas sem o cuidado inicial.
Postes dos horrores
Não há uma rua na cidade toda que não tenha fios pendurados nos postes. São fios das operadoras de TV a cabo ou telefone, cuja manutenção é confiada a terceiros. O resultado é o visto diariamente pelos jundiaienses: postes com fios enrolados, pendurados, praticamente abandonados.
Há lugares em que a fiação da Net chegou a ficar pendurada no meio da rua durante semanas. Em outros, após passagem de caminhões com altura irregular, ainda há fios telefônicos caídos.
Na Vila Arens há uma situação curiosa, na esquina das ruas José do Patrocínio e Cavalcanti. Nos dois lados há postes com fios enrolados – num deles, tem-se a impressão que dá para enrolar uma bobina inteira, tamanha a quantidade. A Net e a Vivo não responderam aos questionamentos do Novo Dia.

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