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terça-feira, 16 abril, 2024

EDITORIAL: Novas taxas para novos rumos

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O país inteiro está uma baderna. Não passa um dia sem notícias de assaltos, tiroteios, mortes encomendadas e outros atos inseridos no Código Penal. Uma coisa é certa – o país está dominado por facções criminosas, por criminosos sem facção, por traficantes, assaltantes e também autoridades corruptas.
Se isso prosseguir no ritmo atual, dentro de poucos anos poderemos ter uma situação exdrúxula. Extremamente exdrúxula. Talvez precisemos pagar taxas e impostos instituídos pelas facções. E continuar pagando também taxas e impostos para que os políticos façam sua parte nessa roubalheira oficial.
Dentro de alguns anos poderemos receber o boleto do imposto sobre carros e motos, hoje IPVA, em duplicidade. Além de pagar o governo, poderão vir boletos do PCC (Primeiro Comando da Capital) , do CV (Comando Vermelho), da FDN (Família do Norte) e outras. Talvez sejamos fiscalizados em blitz nas estradas – blitz de criminosos, bem entendido.
Um dia, quem sabe, seremos obrigados a pagar IPTU e Imposto de Renda para essas facções, tamanho o poder que têm sobre as comunidades. E logo, certamente, estarão nas cidades. As facções já arrecadam muito, mas com taxas e impostos extras e compulsivos ganharão muito mais. Talvez até promovam cursos profissionalizantes gratuitos. À maneira como entendem.
Imagina-se que cursos de eletricista, encanador, frezador, técnico eletrônico possam ser substituídos por outros mais rentáveis. Explosão de caixa eletrônico, por exemplo. Ou Sequestro em 10 lições; ou ainda Como montar sua Biqueira; Assalto a carro forte também poderá estar no currículo.
Imagina-se também as exigências para frequentar tais escolas. Seria exigido o 2º grau completo? Talvez seja necessário diploma universitário para praticar estelionato contra bancos e seguradoras. E os instrutores estariam nas penitenciárias, transmitindo seus conhecimentos em vídeoconferência.
Material para aulas práticas já estão disponíveis por aí. Fuzis AK-47 ou AR-15, dinamite e metralhadoras já são encontrados. Em alguns lugares, com muita facilidade. Imagina-se ainda quem serão os paraninfos desses formandos. Marcola e Fernandinho Beira-Mar seriam os mais requisitados. Haveria orador de turma? E qual diploma teria mais reconhecimento, o do PCC ou do CV? Dúvidas que o tempo vai esclarecer.
 
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Mas há um alerta – se houver muita gente formada e especializada pelas facções, haverá falta de vítimas também. Faltarão personalidades a serem sequestradas. Carros blindados, que transportam valores, não terão motoristas e vigilantes, todos, nessa altura, exercendo suas novas especialidades.
O preço das drogas poderá despencar por excesso de concorrência – uma biqueira em cada esquina. A dinamite para explodir caixas eletrônicos poderá ser vendida em supermercados – e aí imagina-se também anúncios na TV. Oferta do dia: compre três dinamites e pague duas.
Tudo isso é possível num país que tem gente considerando pedófilo e estuprador casos de doença. São doentes, não criminosos. Como se fala em comunidades, tá tudo dominado.

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