Carla, uma jundiaiense como vice-governadora de SP

Tudo é ainda uma suposição, mas por essa ninguém esperava – nem mesmo a agora afastada do comando do 11º Batalhão da PM em Jundiaí, tenente-coronel Carla Danielle Basson, que admite ter sido surpreendida com o convite para compor a chapa com Paulo Skaf na disputa ao governo do Estado de São Paulo pelo MDB.
“Foi durante a reinauguração de uma unidade do Sesi, escola onde estudei, que me vi debatendo Segurança Pública com então presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Naquele dia, ele disse que me chamaria para tomar um café e achei que seria apenas promessa. O encontro não só aconteceu, como hoje sou candidata a vice-governadora”, explica.
Novata na política, a militar encara esse momento como um desafio. “O Brasil vive uma crise de identidade moral. O eleitor está descrente de seus representantes políticos. Por isso, tenho procurado ouvir muito mais do que falar. Sempre acreditei que não se governa sozinho”.
Sobre o projeto político defendido para o estado, Carla explica que está pautado em três frentes. “Por considerarmos as áreas mais deficitárias, devemos atuar mais intensamente na Segurança e Saúde. Para a Educação, a proposta é transformar o ensino do estado no modelo adotado nas unidades do Sesi”, explica.
 
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Representante da maioria do eleitorado (52% segundo o Tribunal Superior Eleitoral), Carla lamenta a tímida ocupação feminina em cargos públicos. “Em todo o Estado de São Paulo as mulheres estão fora do Executivo e Legislativo em 147 municípios. Chegou o momento de mudarmos esse cenário”.
Nesse sentido, a candidata a vice-governadora defende políticas públicas que garantam os direitos as mulheres. “A Delegacia de Defesa da Mulher precisa funcionar 24 horas, assim como são necessários profissionais qualificados para reduzir os casos de violência sexual e doméstica que só aumentam”, finaliza.