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sexta-feira, 29 março, 2024

Enquanto você torcia, o governo te f*@ia

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Copa do Mundo, dia de jogo da seleção, olho na TV. O torcedor vomita todos os palavrões de seu repertório quando o zagueiro, numa entrada por trás, para o lance que decidiria a partida. Covardia das grandes
Olho no lance. Outra falta…grave, na nossa frente, na cara dura. Neymar derrubado é prontamente atendido pela equipe médica. Já você, camarada, não se iluda quando decidir cair doente, isso pode te custar 10% a mais, já que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANSS) reajustou seu plano de saúde enquanto você comemorava a classificação da seleção pelas oitavas de final. E ainda permitiu que as operadoras cobrem até 40% do valor do procedimento. Covardia.
Você tenta digerir mais essa derrota, lembra que o mês é de férias e cogita desfrutar os últimos lances de Gabriel Jesus, Philippe Coutinho e Neymar ‘pelados em Santos’, mas a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) coloca água na sua breja ao anunciar aumento de 2,85% na tarifa do pedágio. De quebra, aumento de mais de 10% nas passagens dos ônibus interestaduais.
Por falar em indigestão, o molho de tomate servido no churrasco durante a partida entre Brasil e Sérvia corre o risco de conter mais agrotóxicos do que as caídas de Neymar em campo. Ainda mais agora que a comissão especial do Congresso aprovou o uso do produto. Liberou geral. Agrotóxico? Veneno puro.
Vem a classificação para as quartas e nem a torcida brasileira contava com a astúcia da seleção que meteu 2 a 0 no México. Despachamos Chapolin Colorado, mas não convencemos o mercado internacional, que mandou a moeda americana para as alturas. Lugar onde você não deve estar nos próximos meses.
Com o dólar à R$ 3,92 viajar para o exterior se tornou sonho distante, como o desejo de Tite de trazer esse caneco. E você nem notou essa alta do dólar. Tudo na surdina.
Mas é Copa do Mundo, brasil varonil. Uma nação inteira vestida de verde e amarelo para assistir à derrocada do seu salário. A pátria de chuteiras, diria Nélson Rodrigues. Nada vale mais do que sair cedo ou entrar mais tarde no trabalho se o chefe for boleiro e gosta de uma pelada, é claro. Acompanhada de churrasco. Sim, a carne também ficou mais cara.
E quando o juiz apitar fim de jogo, breu no estádio e apagão lá em casa. É quando você se dará conta que entre uma notícia e outra de Galvão Bueno, Willian Bonner deve ter alertado da bandeira vermelha erguida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) marcando o aumento de 15,84% na sua conta de energia.
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Você, com o olho grudado na TV, bandeirinha do Brasil na mão, nem percebeu que a turminha do Gilmar Mendes (Os Três Patetas: Gilmar, Levandowski e Dias Toffoli) soltou mais gente presa na Lava Jato. E outros foram absolvidos. Até Gedel Vieira Lima, dono das malas com 51 milhões em seu apartamento, foi inocentado da acusação de obstruir a Justiça.
A dupla arroz e feijão também ficou mais cara. Culpa dos caminhoneiros? Não. Culpa da tabela de frete mínimo. Cerealistas estão reclamando que arroz e feijão estão chegando mais caro. Em média, 12%. Por enquanto – a expectativa é que suba mais.
Enquanto isso, Neymar caía, deitava e rolava… Seu salário de 12 milhões mensais (400 mil por dia, ou 16.666 por hora, ou ainda 278 por minuto) permite essa frescura. Só Bruna Marquezine para suportar tanto estrelismo.
Tá russo.

por Márcia Mazzei 

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