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terça-feira, 23 abril, 2024

O buraco é mais embaixo

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Quase todos os brasileiros estão preocupados com a Copa do Mundo. Não importa quem esteja jogando. Já temos simpatizantes por países que nunca ouvimos falar talvez. Alguém sabe onde fica a Tunísia? E foi lá que nasceu uma das mulheres mais bonitas do mundo, Cláudia Cardinalle. Sim, Cardinalle não é italiana. É tunisiana.
A Globo, que se presta a promover o circo, tem uma enorme parte de sua programação dedicada à Copa. E às fofocas da Copa. Bem que a Globo até poderia criar um programa: Um minuto sem Copa. E, mais exdrúxula, tenta promover suas novelas durante os jogos, mesmo sabendo que o público de jogo é um. E o de novela é outro. Enfim…
Nesse clima de buzinaços, de bandeiras e de lamentações, tem político aproveitando. Até o russo Vladmir Putin aproveitou a Copa para enfiar um monte de reformas goela abaixo do povo russo. Deve ter aprendido com políticos brasileiros.
O Congresso, por exemplo, não marcou sessão para a quarta-feira, dia de jogo do Brasil. Todo mundo gazeteando. E alguém acredita que haverá número suficiente de deputados e senadores para as sessões de quinta e sexta? Dá para apostar um braço que não.
A gazeta dos deputados e senadores é enorme. Nas segundas-feiras, ninguém trabalha. O expediente começa na terça, aos trancos e barrancos. Na quinta, o clima é de despedida. Sexta-feira Brasilia é um deserto. Deputados e senadores viajam para seus estados para garantir votos para outubro. Descaradamente. Com dinheiro público.
Dias não trabalhados não são descontados. Pobre do trabalhador que resolver ficar em casa na segunda e sexta. Vai pra rua. Levando-se em conta que essa gente (os políticos) trabalham três dias por semana e têm praticamente três meses de férias, a conclusão é simples – trabalham (se é que aquilo pode ser chamado de trabalho) 120 dias por ano. Mas ganham pelo ano inteiro.
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Olhar os sites do Senado ou da Câmara é algo nojento. Tantos problemas e nossos políticos perdem tempo em suas masturbações mentais. O gordinho Rodrigo Maia, presidente da Câmara, por exemplo, defende a “integração de políticas para combate à obesidade”. Pode-se até dizer que estaria legislando em causa própria.
E que tal o desempenho da seleção da Croácia? Pelo menos todo mundo já aprendeu, pelas sábias lições de Galvão Bueno, que a Croácia é um dos países criados após a desintegração da antiga Iugoslávia. E que tal o Senegal? Todo mundo já aprendeu também que é um país africano.
A Copa está valendo pelas aulas de Geografia. Taí uma idéia para o MEC, que não consegue ensinar nada – usar a Copa e distribuir atlas geográfico nas escolas. História o Galvão Bueno não ensina. Compreende-se sua limitação encefálica.
E já que isso não tem conserto, que fique a lembrança da Tunísia, cujo maior feito é ter dado ao mundo a bela, formosa e simpática Cláudia Cardinalle. Serve de colírio.

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