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quarta-feira, 24 abril, 2024

Um gesto de coragem

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No sábado passado, a cabo Kátia da Silva Sastre, da Polícia Militar paulista, enfrentou um assaltante, na porta de uma escola infantil, matando-o. No domingo, Dia das Mães, a militar recebeu homenagem de seus superiores e do governador do Estado, Márcio França, pela coragem e pela atitude.
Há muito tempo não víamos gestos como esses. Normalmente, quando um policial enfrenta bandidos, é recriminado. É recolhido ao quartel para serviços internos. É condenado por organizações de direitos humanos e por políticos empenhados em defender a bandidagem. No domingo passado, após esse período de insensatez, o governador Márcio França mostrou, com seu gesto, como deve ser a ordem das coisas em nosso País.
Foi um gesto de coragem. Políticos de menor tamanho teriam se escondido atrás de notas oficiais ambíguas. Teriam dito que já tinham determinada a “rigorosa apuração dos fatos”. Tudo balela. Tudo para se manter na política de não se expor, de não tomar partido. No caso da cabo da PM, a “rigorosa apuração dos fatos” pode se resumir às imagens de uma câmera de segurança. Imagens inquestionáveis.
O País está farto dessa subversão de valores, de traficantes dando ordens, de assaltantes impondo respeito. Está farto de ver e ouvir governantes pífios, sem coragem de defender seus comandados. Está farto de ouvir dizer que armas nas mãos da população são risco para todos.
Outra balela. O assaltante, quando decide invadir uma casa ou uma escola, vai com a certeza que não vai encontar resistência. Que ninguém estará armado. Que não haverá reação, que vai dominar a situação e roubar o que quiser – jóias, dinheiro, celulares, carros. A mesma certeza que passará pouco tempo numa cadeia se for apanhado.
No sábado, quando o assaltante apontou sua arma para o grupo de mães em frente à escola, não contava que dentre as mães havia uma policial militar. Armada e treinada para antecipar uma situação de crime, e que não teve dúvidas de cumprir seu dever. Nos Estados Unidos, policiais que têm atitude semelhante são condecorados pelo presidente ou pelo Congresso.
O buquê de rosas e os elogios do governador Márcio França à policial militar Kátia foram uma demonstração e tanto de apoio aos bons policiais, que fazem cumprir a lei, que rechaçam essa onda de que quem manda é o traficante, o PCC ou o assaltante.
Logicamente que houve críticas ao governador. As mesmas de sempre. Feitas pelos mesmos de sempre. Os mesmos que estão encastelados em mansões, protegidos por seguranças particulares. Os mesmos que ocupam cargos públicos e contam com a proteção do Estado, ou seja da Polícia Militar. Mas uma proteção individual, acima do nível de proteção que o Estado pode oferecer ao cidadão comum.
Mas para essa gente declaradamente esquerdalha, o importante não é discutir a mudança de atitude, de premiar a eficiência de uma policial. Importante mesmo é que a Sofia terminou num manicômio judiciário, que a Clara casou com Patrick e que dona Caetana foi alçada aos céus ao som de música de Pablo Vitar. Vade retro!

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