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quinta-feira, 28 março, 2024

Até quando vai durar?

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No sábado passado aconteceu o casamento mais esperado do ano. O príncipe inglês Harry (que na realidade se chama Henry) com a atriz Meghan Markle. Luxo dos luxos E só uma certeza – dona Meghan já colocou seu burro na sombra. Não precisa mais trabalhar. Agora já é duquesa. Ingleses são irônicos e maldosos, e parte da imprensa de Londres já pergunta até quando esse casamento vai durar.
É uma pergunta que existe em todos os casamentos. Todos. Sempre haverá um convidado se perguntando: isso vai dar certo? Nos dias atuais a pergunta é lógica. O número de divórcios aumenta todos os anos. As uniões não oficiais acontecem e se desfazem aos milhares. Foi-se o tempo quem a frase “até que a morte os separe” era levada a sério.
Existem razões para isso. As mulheres estão independentes. A maioria trabalha, não precisa do marido para comprar seu batom. Estão esclarecidas. Não aceitam mais o papel de domésticas. Não se declaram mais “do lar”. Não se submetem mais aos caprichos machistas e poucas perdoam uma traição.
A mulher de antanho era preparada para ser uma verdadeira escrava. Na juventude tinha de aprender bordar, costurar, cozinhar. Ouvia da mãe que era preciso obedecer o marido. Que homem era mesmo canalha por natureza, e que uma pulada de cerca ou outra não podia colocar em risco o sagrado matrimônio. Só lhe era permitido chorar.
Os tempos mudaram para melhor. Que ninguém se assuste com o número de separações. É a atitude mais lógica quando duas pessoas não conseguem conviver. Não importam as razões. Homens e mulheres finalmente entenderam que todos merecem a segunda, a terceira e até a quarta chance. Também têm o direito de se desiludir de vez e incorporar um “nunca mais entro nessa”.
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Por causa dessa tendência, os presentes de casamento estão em baixa. Os outrora generosos padrinhos já questionam com quem ficará o presente quando o casal se separar. Quem ganha com tal situação são as empresas que gravitam em torno de casamentos. Que vendem flores e arranjos; que contratam corais e oferecem cerimonialistas; que vendem viagem de lua-de-mel; que alugam ou vendem ternos e vestidos.
E essas empresas não estão para brincadeira. Para satisfazer um casal agnóstico, uma empresa ofereceu um padre fake – um ator, que fez o papel de padre, só para satisfazer a parentada da moça, carola até a raiz. E isso custou caro. E todo mundo saiu abençoado para o regabofe que se seguiu à cerimônia. Também bem carinho.
Não se sabe quanto custou o casamento de Harry e Meghan. Não foi pouco. Também não foram poucas as apostas sobre sua duração. A que foi a mais querida, a princesa (na realidade duquesa) Diana, foi trocada pelo marido, o príncipe Charles. Uma péssima troca, segundo a imprensa inglesa. Deixar Diana para ficar com uma velhota, Camila Parker. Mas ele teve seus motivos.
Nos casamentos locais, os nossos, a história é a mesma. Mas como somos a terra do mi-mi-mi, não pode a imprensa questionar sua duração. Mas pode apostar que boa parte não passa de cinco anos. Antes era a morte que separava. Agora são os advogados. O que era regra se tornou exceção.

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