Escolher o que fazer com o próprio dinheiro. Esta é a definição mais comum para a tão sonhada liberdade financeira. E, diferente do que muitos pensam, esta liberdade não está atrelada exclusivamente a viver de renda, segundo o docente Júlio César Costa, da área de gestão e negócios do Senac Jundiaí. “Uma pessoa pode continuar trabalhando normalmente e, além do seu salário, ter um fluxo de renda passiva como se fosse um salário extra, capaz de atender todas as despesas mensais e de manter o padrão de vida adotado”.
Para conquistar a liberdade financeira, Júlio listou alguns passos iniciais:
1) Defina qual o montante da sua liberdade financeira. Quanto é o suficiente para ter o padrão de vida desejado?
2) Como fará para receber este valor mensal? Será por meio de rendimentos de investimentos em poupança, aplicações em títulos, bolsa de valores, fundo imobiliário? Tudo vai depender do seu perfil de investidor.
3) Calcule em quanto tempo terá atingido a sua “galinha dos ovos de ouro”. Em outras palavras: qual o montante investido que irá render seu salário, sem que precise trabalhar para isso.
Tendo estes passos em mente, o docente ressalta que a liberdade financeira é possível para qualquer pessoa, independente da forma de trabalho. A grande questão está na administração do dinheiro, segundo ele. Está em como se administra o que se ganha, o quanto se gasta e o quanto é investido. “Quanto mais fontes de renda a pessoa tiver, maior a probabilidade de atingir a liberdade financeira mais cedo”, garante Júlio.
O docente cita um exemplo: “Alguém com perfil ‘gastador’, quase sempre vê o termo poupar como privação, pois não consegue pensar no longo prazo; além disso, sempre usa a desculpa que se morrer não terá aproveitado a vida. De todo modo, é preciso refletir que se este tipo de pessoa viver muito, nunca poderá aproveitar uma vida tranquila. Afinal, sempre terá de trabalhar duro para pagar contas”.
No outro extremo há aqueles poupadores compulsivos; trabalham muito e não têm tempo para nada. “Este perfil também é motivo de reflexão. Quando conquistar a tão sonhada liberdade financeira, talvez possa não ter saúde para aproveitar a tranquilidade, tampouco amigos ou família que possam desfrutar as conquistas”, alerta.
Outro perfil citado pelo docente é aquele que acredita que acumular imóveis possa ser uma forma atingir a liberdade financeira. “Nem sempre ter um imóvel alugado é vantajoso. A não ser que seu patrimônio seja em um lugar de extrema valorização ou que receba aluguéis altíssimos, pois o valor destes imóveis investidos – por exemplo no tesouro direto – poderá render mais do que o aluguel mensal e ainda sobraria para reinvestir”, explica. E para quem não tem um imóvel próprio, o docente diz que pagar aluguel pode ser uma boa opção, seguindo a mesma linha de raciocínio, aplicar o valor que seria destinado a compra da casa própria pode ser mais rentável.
Para todos os perfis o docente é taxativo: ninguém conquista a sonhada liberdade financeira sem estudar. E muito! “Quanto mais houver estudo e empenho na busca de suas metas, mais fácil será se aproximar da liberdade financeira. Ouvir e conhecer histórias de pessoas que conquistaram este diferencial pode ser uma forma de seguir os passos delas. Entender como pensam, quais foram os passos que deram para alcançar suas aspirações e fazer o seu próprio caminho, usando estas experiências como fonte de inspiração”, aconselha o docente.
