29.9 C
Jundiaí
quinta-feira, 25 abril, 2024

Saxofone e garapa, atrações na Vila Rio Branco

spot_img

Anastácio vende garapa há quase 20 anos nos baixos do viaduto Euclides Figueiredo, e ainda toca saxofone
Quem passa pela Marginal do Rio Jundiaí encontra sempre um senhor tocando sax ao lado de uma Kombi 78 e uma moedeira de cana. É uma espécie de concerto ao ar livre, de graça, que começa logo após o almoço e termina no entardecer. Anastácio Dias de Toledo Neto é o concertista, prestes a completar 74 anos no dia 30 de setembro.
A história começa bem antes. Nascido em Salto, casado com Maria Aparecida e pai de quatro filhos, Anastácio já fez de tudo na vida. “Só não matei e não roubei”, ele brinca. Trabalhou em grandes empresas e durante 40 anos foi enfermeiro.
Foi massagista do Paulista FC na época de Dacunto e do Primavera. Trabalhou em Franco da Rocha, no Hospital São Vicente em Jundiaí, no antigo Hospital Psiquiátrico no Jardim Tamoio, no Dersa… Em 1977 resolveu enfrentar um banco escolar e acabou conseguindo um diploma de primeiro grau – terminou o ginásio num curso supletivo.
Até que em 1984 aprendeu música. “Aprendi na igreja (ele frequenta a Congregação Cristã do Brasil) de graça”, conta. E Anastácio se familiarizou com o trombone e com o saxofone. Em 1998 montou seu negócio de garapa (caldo de cana) no lugar onde até hoje trabalha. E toca música por partitura.
“O povo vem pela música e pelo caldo de cana, diz ele. Mas só toco um dos 480 hinos de louvor a Deus desse hinário. Quando estou quieto, sem tocar, muita gente cobra”. Mas o repertório precisa ficar restrito aos hinos. Outro tipo de música Anastácio ouve e gosta. “Mas precisa ser coisa boa – afirma. Pancadão é um lixo”.

Novo Dia
Novo Diahttps://novodia.digital/novodia
O Novo Dia Notícias é um dos maiores portais de conteúdo da região de Jundiaí. Faz parte do Grupo Novo Dia.
PUBLICIDADEspot_img

SUGESTÃO DE PAUTAS

PUBLICIDADEspot_img
PUBLICIDADEspot_img

notícias relacionadas