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sexta-feira, 29 março, 2024

Editorial: O ET não é mais o mesmo

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Periodicamente aparecem histórias sobre os extraterrestres, os ETs. Ninguém conseguiu personificar melhor essa onda que o escritor Erich Van Daniken, em seu livro Eram os Deuses Astronautas? Steve Spielberg levou para o cinema uma história quase comovente sobre um ET bonzinho, que encantou crianças e adultos. Já havia feito coisa com o mesmo tema anos antes – Contatos Imediatos de Terceiro Grau.
O alemão Roland Emmerich levou o terror dos ETs para as telas com Independence Day. Se encheu de prêmios e de dinheiro. Se existe ou não vida inteligente em outros planetas é outra história. Uma discussão interminável, ou terminável quando alguém apresentar um ET real, de fato, fora do cinema.
Não faltam também teorias sobre OVNIs, os tais objetos voadores não identificados. Dizem até que os americanos têm alguns guardados, em lugares secretos, capturados também não se sabe como. Não chega a assustar. Durante a Segunda Guerra Mundial os alemães andaram tentando fabricar aviões que mais se pareciam discos voadores.
Usavam uma técnica que chamaram de força gravitacional reversa. Alguns dos protótipos até voaram, mas não saiu disso. Desde então, vez ou outros pilotos relatam visões de objetos ou luzes que teriam acompanhado seus aviões e desaparecido misteriosamente. Vez ou outra, também, pessoas filmam ou fotografam luzes estranhas no céu.
Não há razão para nos preocuparmos tanto com os alienígenas. Melhor ficar de olho nos ETs reais, terráqueos de fato e desprovidos de caráter. Eles existem de fato. Nem é preciso recorrer à Nasa para defini-los. São imprestáveis.
Van Daniken, quando escrevia, criou uma história sobre o Papiro de Tulli, construída a partir do Livro de Ezequiel. Era um embuste. ETs reais também vivem de embustes, e em vez de papiros usam papel para outros embustes. O escritor passou a vida contando histórias impossíveis, formulando teorias absurdas e enchendo os bolsos de dinheiro. Sempre houve, sempre há e sempre haverá trouxas suficientes para enriquecer embusteiros.
Teorias sobre ETs não valem a pena serem discutidas. Menos ainda levadas a sério. Se aceitarmos a tese que há vida inteligente em outros planetas, estaremos aceitando o fato de haver ETs – os mesmos que nos visitam. Melhor acreditar nas teses dos ETs atuais, terráqueos, sem caráter e embusteiros. Mas não, não lhes cabe vida inteligente. Inteligência é uma coisa, esperteza é outra. E qualquer estelionatário é esperto, não inteligente.

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