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Jundiaí
quinta-feira, 18 abril, 2024

O que é preciso saber sobre Jundiaí?

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A fundação
Oficialmente Jundiaí foi fundada pelo casal Petronilha Antunes e Rafael de Oliveira. Rafael teria sido perdoado do crime de bandeirismo (expedição para prender índios e torná-los escravos), coisa não permitida pelo reino português. Já sobre Petronilha… bem, dizem que não era nenhuma santa.
Os dois chegaram por aqui em 1615 e construiram, em 1651, uma capela dedicada à Nossa Senhora do Desterro – e isso deu origem ao povoado, elevado à vila em 14 de dezembro de 1655. Jundiaí só se tornou cidade em 28 de março de 1865. Nenhuma das datas é feriado.
Os imigrantes
No final do século 19 o preço dos escravos africanos havia aumentado, os índios estavam rareando, e os produtores rurais buscaram outras alternativas de mão-de-obra. Os primeiros a chegar a Jundiaí foram os italianos. Eles se instalaram na região da Colonia-Caxambu, uma vez que o então presidente da Província de São Paulo, Antonio de Queiroz Telles, o Conde de Parnaíba, filho do Barão de Jundiaí, havia ali instalado um Núcleo Colonial. Vieram ainda espanhóis, japoneses e portugueses. Todos, em pouco tempo e muito trabalho, tornaram-se donos das terras e fizeram crescer o comércio local.
O tamanho
O território de Jundiaí era infinitamente maior que o atual. O nome como era conhecido o lugar era “Mato Grosso de Jundiahy”, e ia, desde a divisa com São Paulo até o Rio Grande, divisa com Minas Gerais, beirando o atual estado do Mato Grosso do Sul. Com o tempo, houve os naturais desmembramentos, mas na época o povoado era conhecido como a “porta do sertão”.
O Rio Jundiaí
Nasce na Serra da Pedra Vermelha, em Mairiporã e percorre 123 quilômetros em oito cidades antes de desaguar no Rio Tietê: Mairiporã, Atibaia, Campo Limpo Paulista, Várzea Paulista, Jundiaí, Itupeva, Indaiatuba e Salto.
A partir de 1983 iniciou-se o processo de sua recuperação. Nos anos 1990 foram instalados interceptores de esgotos em toda sua extensão, e também em seus afluentes – todo o esgoto passou a ser tratado em estação própria, no bairro Novo Horizonte. O Jundiaí hoje está quase perfeito – já abastece Campo Limpo, Várzea Paulista e logo abastecerá Itupeva também.
Seu primeiro registro oficial está num mapa feito em 1628. O mapa resultou de uma expedição comandada por Dom Luís de Céspedes Xeria para os cursos dos rios Tietê e Paraná, e mostra tanto o rio Jundiahy como a própria localidade de Jundiahy.
O nome
Até o início do século 17 nossa região era habitada por índios tupis – alguns grupos estabelecidos, outros nômades. O nome Jundiaí surgiu devido à quantidade de peixes do rio – os jundiás, uma espécie de bagre, e foi dado pelos índios, depois assimilado pelos portugueses.
A ferrovia
Jundiaí só se desenvolveu pra valer a partir da inauguração da Estrada de Ferro Santos a Jundiaí (Southern San Paulo Railway Co. Ltd.), construída pelos ingleses, para escoar a produção de café do interior para o porto de Santos, em 1867. Cinco anos depois o governo paulista inaugurou a Cia. Paulista de Estradas de Ferro, de Jundiaí a Campinas, O ramal depois foi estendido a Rio Claro, e dali para todo o interior.
Com a ferrovia, o comércio cresceu, e indústrias viram na cidade oportunidade de crescimento – os trens ajudaram trazer as máquinas e levar embora sua produção. Algumas indústrias, como a antiga Argos, tinham ramais ferroviários em seu interior.
Jundiaí teve outras ferrovias também. A Estrada de Ferro Sorocabana tinha um ramal até Itu, inaugurado em 1873. A Estrada de Ferro Bragantina partia de Campo Limpo, que era distrito de Jundiaí, em direção a Bragança. E havia ainda a Itatibense, ligando a cidade a Itatiba.
Os números
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a população de Jundiaí é de 401.896 habitantes. Tem o quarto melhor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do Estado e o 11º melhor do Brasil. Em termos de economia, é a 23ª cidade do Brasil (à frente de 14 capitais), e a nona mais rica de São Paulo. É tambem a primeira em saneamento básico entre cidades com mais de 300 mil habitantes, segundo o Instituto Trata Brasil.
Festas
A primeira Festa da Uva de Jundiaí aconteceu em 1934. Foi idealizada pelo então prefeito Antenor Soares Gandra, e recebeu milhares de visitantes, curiosos pela uva Niagara rosada, então uma raridade, resultado de uma mutação genética ocorrida numa plantação da família Carbonari.
A festa aconteceu no antigo Mercado Municipal, hoje Centro das Artes, na rua Barão de Jundiaí. Já a primeira Festa do Morango aconteceu no bairro do Poste, em 1965 – programou-se então que ela seria nos anos ímpares, alternando com a Festa da Uva, nos anos pares. Com a inauguração do Parque Comendador Antonio Carbonari, as festas foram transferidas para lá. Outras festas tradicionais acontecem nos bairros, mo a Italiana (Colonia), Varginha, Roseira e Toca, onde predomina a gastronomia.
Localização
Depois da era das indústrias, Jundiaí tornou-se um polo logístico devido à localização estratégica. A Via Anhanguera, por exemplo, era o caminho dos bandeirantes desde 1720, ligando São Paulo, Jundiaí e Campinas. Em 1916 iniciou-se a construção da estrada velha, empregando mão de obra de prisioneiros. O traçado atual começou a ser construído em 1940, e inaugurado oito anos depois. A rodovia dos Bandeirantes, inaugurada em 1978, foi projetada inicialmente para ligar São Paulo, Campinas e Jundiaí. Entre suas pistas, deixou-se um vasto canteiro central, por onde deveria circular um trem expresso – o projeto nunca saiu do papel. Outra rodovia, a Dom Gabriel, nascida como Marechal Rondon em 1922, liga Jundiaí a Itu, donde se é possível acessar a rodovia Castelo Branco e se chegar até Castilho, na divisa com Mato Grosso do Sul.
A rodovia Constâncio Cintra, que liga à cidade a Águas de Lindóia, passando por Itatiba, permite acesso à rodovia Fernão Dias e rodovia Dom Pedro, que liga Campinas a Jacareí, e daí para a Via Dutra (São Paulo – Rio). Ela se interliga com a Anhanguera pela rodovia João Cereser.

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