28.5 C
Jundiaí
quarta-feira, 24 abril, 2024

No fundo do poço, Paulista poderá fechar

spot_img

No final de junho (edição 30), o Jundiaí Notícias publicou uma entrevista, gravada em vídeo, com o diretor do Paulista Luiz Roberto Raymundo, o Pitico. Nela, Pitico foi taxativo – ou aparecia o dinheiro ou o Paulista fechava as portas. Ele tinha, como outros jundiaienses, esperanças no projeto Novo Paulista, encabeçado pelo desembargador Márcio Franklin Nogueira.
Passados seis meses, e com o projeto nas ruas, o dinheiro não apareceu. Durante a campanha, o Paulista conseguiu somente 200 sócios torcedores, quantidade insuficiente para manter o clube em funcionamento.
Agora, atolado em dívidas e sem qualquer perspectiva, a diretoria do Paulista pensa seriamente em se licenciar da Federação Paulista de Futebol, dispensar os jogadores e entrar num período de hibernação. Resumindo: pode mesmo fechar as portas. E se resolver voltar, terá de disputar a 4ª divisão.
Uma reunião estava marcada para a quinta (17), mas pelo jeito seu resultado é bem previsível. O Paulista deve pouco mais de R$ 30 milhões; funcionários não recebem salários há quatro meses, e até uma jovem, contratada para o telemarketing, resolveu ir embora.
O presidente do projeto Novo Paulista, Márcio Franklin Nogueira, tenta continuar otimista, mas já admitiu que o desânimo tomou conta da diretoria. Para manter o clube em funcionamento, e ainda disputar a série A2 no próximo ano, o Paulista precisa, mais depressa do que imediatamente, de R$ 250 mil por mês. Mas esse dinheiro não existe.
A esperança é essa reunião marcada para o dia 17. Dela deverão participar, além do prefeito Pedro Bigardi, empresários da região. O momento não poderia ser pior – a maioria dos empresários está segurando investimentos e gastos devido à situação da economia. Colocar dinheiro bom em negócio ruim não é uma boa prática.
Além de dívidas trabalhistas, o Paulista deve R$ 12 milhões ao Banco Fator, seu antigo parceiro nos tempos do projeto Campus Pelé. Como ficou devendo tanto é outra história. Há, porém, outras alternativas. A primeira seria entregar o futebol do clube a algum empresário; a segunda, um acordo com o Santos FC.
Esse acordo, se sair, funcionaria da seguinte maneira: o Santos disputaria a série A2 com a camisa do Paulista, com um time formado por jovens jogadores. O Santos pagaria os salários, e o Paulista pagaria outras despesas, como taxas de arbitragem, policiamento e viagens.
Diretores já se queixam publicamente que a cidade não ajuda, o que é fato – basta ver a frequência de torcedores nos últimos jogos do Paulista, ou a pequena adesão ao programa de sócios torcedores. Ùnica esperança de dinheiro, por ora, serão R$ 130 mil que podem entrar com a venda de cadeiras cativas.
O mais provável é que depois dessa reunião Jundiaí receba um anúncio funesto – o Paulista fecha mesmo suas portas, como previa, em junho, o diretor Pitico. A Copa do Brasil de 2005 será então somente mais uma lembrança.

Novo Dia
Novo Diahttps://novodia.digital/novodia
O Novo Dia Notícias é um dos maiores portais de conteúdo da região de Jundiaí. Faz parte do Grupo Novo Dia.
PUBLICIDADEspot_img

SUGESTÃO DE PAUTAS

PUBLICIDADEspot_img
PUBLICIDADEspot_img

notícias relacionadas