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sexta-feira, 29 março, 2024

Correios não entregam mais de 500 mil correspondências

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Outrora símbolo de eficiência apodreceu de vez. Mais de 500 mil correspondências não são entregues
N um dia não muito distante, os Correios eram a instituição mais confiável do país. Mostrado durante anos como símbolo de eficiência, os Correios de hoje não são nem sombra do que foram no passado. Resultado: só em Jundiaí, mais de 500 mil correspondências deixam de ser entregues todos os meses.
Para não ficar sem as cartas – inclusive as de cobrança – muita gente vai ao Centro de Distribuição, na Praça das Bandeiras. De centro de distribuição, passou a um posta restante – um ponto de entrega onde os interessados precisam procurar suas correspondências, coisa comum em vilarejos.
As mais de 500 mil correspondências que os Correios não entregam são a metade do que é postado em Jundiaí. Segundo o sindicato, há falta de funcionários (coisa que vem há muito tempo) e falta de condições para quem quer trabalhar, aí incluindo os assaltos em busca de cartões bancários.
Como desgraça pouca é bobagem, os Correios bancam os tiranos com seus funcionários, obrigando-os a trabalhar oito horas por dia – e ainda colocam em suas costas mais duas horas extras. Mais problemas: os Correios estão trazendo gente de outras cidades e até outros estados para trabalhar em Jundiaí. Como nem todo mundo conhece ruas e bairros, parte da correspondência volta do centro de distribuição.
Jundiaí tem 35 carteiros. Segundo o sindicato, precisaria de 70. Os Correios se defendem com a ladainha de sempre – estão preparando um concurso para contratar mais gente. Agora é pra assustar: o sindicato engloba 86 cidades, incluindo Jundiaí. Em suas contas, somando essas 86 cidades, os Correios deixam de entregar dois milhões e meio de correspondências todos os meses.
O problema é que parte dessa correspondência é de boletos bancários, alguns ameaçadores: se não pagar na data, vai pra cartório e a empresa manda o nome pro Serasa. E sabe quem precisa correr atrás disso? O coitado que vai pagar o boleto. Os Correios afirmam não ter nada com isso.
O caso é tão grave que até a Câmara dos Vereadores entrou na briga. Seu presidente, Marcelo Gastaldo, está cobrando oficialmente a melhoria no serviço. Os demais vereadores apoiaram Marcelo na cobrança, e os Correios ainda não se manifestaram.
Numa nota, os Correios afirmam ter 131 funcionários em Jundiaí – o sindicato diz que são 35. Acreditar em quem? Melhor acreditar no sindicato. Na cobrança de Gastaldo, a Câmara ressalta o fato dos Correios fazerem muita propaganda enaltecendo sua eficiência na prestação de serviços. Nesse caso, propaganda não é a alma do negócio. É a alma da mentira.

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