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sexta-feira, 19 abril, 2024

Aleitamento materno é aliado na prevenção ao câncer de mama

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Os benefícios do aleitamento materno para o bebê são amplamente divulgados. No entanto, a amamentação tem muitas outras vantagens já comprovadas por evidências científicas, que incluem a mãe, a família e a comunidade. Dentre elas, a amamentação ajuda na prevenção ao câncer de mama.

O câncer de mama é o segundo câncer em frequência no Brasil entre mulheres, mas é o que mais mata.  Segundo a nutricionista Marcela Bionti, responsável pelo Banco de Leite Humano de Jundiaí, vinculado ao Hospital Universitário (HU), o estilo de vida, como a prática da amamentação, se associa a redução do risco de câncer de mama.

Marcela relata que recentemente foi publicada uma revisão de 47 estudos realizados em 30 países envolvendo cerca de 50 mil mulheres com câncer de mama e 97 mil controles, sugeriu que o aleitamento materno pode ser responsável por 2/3 da redução estimada no câncer de mama. “A amamentação, quanto mais prolongada, se mostrou mais protetora: o risco relativo de ter câncer decresceu 4,3% a cada 12 meses de duração da amamentação, independente da origem das mulheres (países desenvolvidos ou não desenvolvidos), idade, etnia, presença ou não de menopausa e número de filhos”, conta ela.

O estudo também estimou que a incidência de cânceres de mama nos países desenvolvidos seria reduzida a mais da metade (de 6,3 para 2,7%) se as mulheres amamentassem por mais tempo. Observou-se, ainda, que as mulheres que amamentaram por mais de dois anos têm 33% menos chance de desenvolverem câncer de mama do que aquelas que nunca o fizeram.

Por que amamentar reduz o risco?

De acordo com o médico mastologista, ginecologista e obstetra Prof. Dr. João Bosco Ramos Borges, o motivo pelo qual a amamentação reduz o risco de câncer de mama está relacionado ao fato de a amamentação retardar a ovulação e, consequentemente, diminuir o nível de hormônios no organismo.

O mesmo ocorre durante a gestação. “Antigamente, as mulheres tinham muitas gestações e amamentavam seus bebês em média até os dois anos de vida. Os índices de câncer de mama eram baixos”, relembra.

 
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“Com o tempo, as mulheres passaram a ter menos filhos e a amamentar por um período menor, o que significa uma mudança de comportamento reprodutivo da mulher”, complementa. A consequência é o aumento no índice de vítimas do câncer de mama.

“O aleitamento materno deve sempre ser encorajado e apoiado, pois pode melhorar a qualidade de vida das famílias como um todo. A amamentação, além de favorecer o vínculo entre mãe-filho traz uma excelente nutrição e garante a prevenção do câncer de mama, que infelizmente acomete muitas mulheres”, finaliza a nutricionista.

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