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quarta-feira, 27 março, 2024

Demônios da infidelidade

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Você pode estar casada há cinco, 10, 20 anos, mas uma hora ou outra, à medida que o tempo passa, terá que admitir para si mesma que ainda deseja. Não me refiro ao seu parceiro ou parceira, mas aquele desejo que mora em suas fantasias. E quanto mais duradouros forem os casamentos, mais difícil será aceitar que não deseja mais sua mulher ou seu marido.
Explico: há mulheres que levam uma vida tão rotineira que talvez nem lembre mais o significado de desejar —, mas o fato de não saber significa que não exista. O verbo está dentro, escondido, apavorado.
E por falar dessa falta de coragem, muitos de nós sabemos que o dispositivo sempre esteve aceso. São pessoas como eu e você — justamente você que está lendo este texto, não adianta parar de ler, eu só sou aquele que traz a verdade à tona doa a quem doer. Você pode discordar disso tudo, mas aposto que cutuquei sua ferida.
Você pode ser a pessoa mais feliz do mundo. Você pode ser a pessoa que foi abençoada pela divindade que trouxe esse amor puro e sereno. Mas me conte: amor só não basta, não é? A plenitude cansa, não é mesmo?
Eu sei, eu sei que dentro de você existe uma curiosidade em saber o que acontece no quarto da casa ao lado. Você deseja aquele homem que viu na rua outro dia. Você deseja aquela mulher da academia, mas olha quem está a seu lado: a sua mulher, a sua queria mulher. Você evita esses pensamentos todos porque não suporta a ideia de traí-la. Mas me conte: durante o sexo você pensa em quem? Quem é que te excita sua mulher ou seus pensamentos?
Leia também: Seria mesmo agosto o mês do cachorro louco?
Não estou querendo gerar culpa, longe de mim querer isso, só estou dizendo que o desejo está dentro de você. E por mais que você diga que ama sua mulher, que ama seu marido, que ama a vida que leva, que ama transar três vezes por semana, uma parte de você pensa em outro. Se não pensa, idealiza — o que dá no mesmo. A curiosidade está dentro. O desejo está dentro de todos nós, inclusive. E nunca vai embora. Alguns aceitam esta realidade, outros se escondem atrás da religião a fim de apaziguar os demônios internos.
Não adianta você olhar com quem ele tem conversado no WhatsApp. Não adianta entrar no Facebook e monitorar o que ela tem curtido e compartilhado. A questão não é o alvo, mas o que se passa dentro.
O desejo grita. A curiosidade inferniza. Qualquer esforço para tentar tirá-lo de dentro será infrutífero. Ou você aceita sua natureza ou morrerá tentando encontrar a pessoa perfeita.

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