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quinta-feira, 25 abril, 2024

Frio exige cuidados extras com a saúde

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No inverno as refeições costumam ficar mais calóricas e condimentadas. O frio também reduz a vontade de beber água e faz com que as pessoas segurem mais a urina. Essa combinação de hábitos relacionados à temporada contribui para aumentar os casos de problemas relacionados com os rins. Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), o maior consumo de sal no Inverno acelera o desenvolvimento de doenças renais. O excesso de sódio também aumenta o risco de formação de pedras nos rins. Segurar o xixi, por sua vez, eleva as chances de ter uma inflamação ou infecção urinária.
“Ao ser eliminada, a urina ajuda a limpar o canal da uretra, impedindo a retenção de fungos e bactérias que podem causar a infecção urinária. É comum nesta época as pessoas ficarem adiando a ida ao banheiro por causa do frio, aumentando a chance desses micro-organismos proliferarem e chegarem à bexiga”, explica o médico nefrologista Marco Karam, da Renal Quality.
Essa dica é especialmente importante para as mulheres. Por questões anatômicas, as infecções são mais comuns no sexo feminino.  “A mulher tem uretra mais curta que a do homem, muito perto da entrada da vagina e do ânus, e isso facilita a entrada de bactérias. Mas, apesar de serem mais raros, também ocorrem casos entre homens”, diz o especialista.
A cistite, inflamação da bexiga, é o tipo de infecção urinária mais comum. Seus principais sintomas são dor ou ardência ao urinar e aumento na frequência, com eliminação de uma pequena quantidade de xixi a cada vez. “O tratamento com medicamentos é eficaz e muito importante para evitar que chegue ao rim e evolua para formas mais graves”, afirma Karam.
Outro problema comum no Inverno são as popularmente conhecidas pedras nos rins. A associação da menor ingestão de água com o consumo exagerado de sal pode levar à formação de cálculos em pessoas com propensão à doença.
Em geral, o brasileiro consome uma média de 12 gramas de sal por dia, quantidade que é mais do que o dobro do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), de até cinco gramas diárias (equivalente a dois gramas de sódio). Esse exagero, alerta a nutricionista Leila Medeiros Veiga, da Renal Quality, pode levar a problemas cardiovasculares, como a hipertensão, e, consequentemente, nos rins, já que a pressão alta está entre principais fatores causadores das doenças renais crônicas.
Tirar o saleiro da mesa e dosar a quantidade de sal durante o preparo dos alimentos são atitudes que ajudam, mas que sozinhas não resolvem, segundo Leila. “A maior ingestão de sódio vem dos alimentos industrializados. O melhor é deixar de consumir esses produtos e, quando não der para evitar, ler os rótulos para escolher aqueles que têm teores de sódio em níveis mais adequados”, recomenda a nutricionista.
Beba água em quantidade suficiente e regularmente, mesmo que aparentemente não tenha sede. A proporção recomendada para uma pessoa saudável e sem outros problemas associados é de 35ml de água por quilo diariamente.
Procure cozinhar com pouco sal e não coloque o saleiro na mesa. Prefira ressaltar o sabor dos alimentos com outros temperos, como a cebola e o alho, e ervas (salsinha, alecrim, orégano, hortelã ou outra de sua preferência).
Confira sempre a quantidade de sódio nos rótulos dos produtos industrializados e limite o consumo a 2g por dia, quantidade máxima recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Não adie a ida ao banheiro. Em geral, uma pessoa que bebe cerca de dois litros de líquido por dia sente vontade de fazer xixi entre seis a oito vezes, com intervalos de duas horas, em média. O recomendado é não segurar a urina por mais de três ou quatro horas para evitar problemas como infecções urinárias e formação de pedras nos rins.

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