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quinta-feira, 18 abril, 2024

Millenials: de donos do mundo a pobres e mimados

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Me lembro que em 2010 eu comecei a estudar as gerações. Não era possível que aquilo que eu fazia há quase duas décadas não dava mais certo. Eu não conseguia mais trazer pessoas para minha equipe e quando conseguia, não as mantinha por muito tempo. Não demorou muito para eu procurar cursos, seminários, livros e palestras sobre o assunto.
Descobri que o comportamento havia mudado, fosse pela evolução tecnológica ou pelas oportunidades de escolha, mas a geração Y não se motivava mais com os mesmos estímulos que a sua antecessora e as empresas precisavam se adaptar a isso muito rapidamente, antes que essas fizessem parte de uma geração envelhecida. Os novos profissionais eram dinâmicos, desapegados, queriam aprender, viajar e conhecer novas culturas. Ficavam pouco tempo em cada empresa, mas traziam novas informações a cada troca de trabalho… ou seja, estavam abertos a aprender e dispostos a ensinar o que tinham aprendido antes. Eles estavam na moda… só não contavam com uma coisa: a crise. Eles nunca tinham vivido uma.
Em 2010 eles tinham em média 25 anos e começaram no mercado de trabalho já com a economia estabilizada pelo Plano Real. Não sabiam o que era desemprego e pediam demissão sem pensar duas vezes, afinal emprego “dava em árvore” e eles conseguiriam outro antes que o seguro acabasse…
Mas a crise chegou e o trem saiu do percurso. Os “millenials” se depararam com alguém chamado “mundo”, que não se preocupava com suas emoções. Não dava mais pra “resetar” aquele vídeo-game e se perdessem o jogo, não teriam “outra vida” ou próxima fase. Então eles foram obrigado a viver uma transição e durante esse período foram chamados de “mimados” pelos patrões.
Enfim, tempos fáceis criam pessoas fracas, pessoas fracas criam tempos difíceis e tempos difíceis criam pessoas fortes. Finalmente chegamos neste terceiro estágio e os jovens da Geração Y, depois de terem vivido os tais tempos difíceis, já se fortaleceram. Estão preparados para criarem tempos fáceis. E o que é melhor: vão ter histórias para contar para seus filhos e netos de como eles ajudaram a reverter uma das maiores crises que o país já viveu.
Parabéns antecipado, meus jovens!!! Eu acredito em vocês… mas quando acertarem a mão, não parem, pois os tempos fáceis vão voltar e eles geram pessoas que vocês não querem mais ser.

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