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sexta-feira, 29 março, 2024

A recessão ficou para trás

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Apesar de todas as dificuldades próprias de uma quadra especialmente tumultuada da vida nacional e dos problemas advindos da política e, eventualmente, da própria Justiça, o governo de transição vem conseguindo tirar o Brasil da crise. Após três anos sofrendo com a mais profunda recessão econômica de nossa história, o país começa a sentir os efeitos da retomada, com a queda consistente da inflação e da taxa básica de juros, além do aumento do poder de compra das famílias e do início de um processo de recuperação em setores fundamentais da economia.
Um estudo divulgado pelo Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace), que integra o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV), mostra que já se pode afirmar que a recessão iniciada no segundo trimestre de 2014 chegou ao fim em dezembro do ano passado.
Nesse período, de acordo com o colegiado formado por sete economistas do primeiro time – Affonso Celso Pastore, Edmar Bacha, João Victor Issler, Marcelle Chauvet, Marco Bonomo, Paulo Picchetti e Regis Bonelli –, foram nada menos que 11 trimestres consecutivos de retração da economia brasileira, o que significou uma queda acumulada de 8,6% do PIB nacional.
Trata-se, ao fim e ao cabo, da recessão mais longa e intensa da história recente do país, segundo os dados do Codace, superando os períodos entre 1989 e 1992 (11 trimestres de queda, com perda de 7,7% do PIB) e de 1981 a 1983 (retração de 8,5% por nove trimestres). Criado em 2004, o comitê estipulou uma espécie de cronologia dos ciclos econômicos no Brasil a partir da década de 1980, mas estimativas indicam que a recessão mais grave ocorrida no país até então datava do período entre 1930 e 1931, com uma contração de 5,3% do PIB.
O tamanho da herança nefasta deixada pelos governos lulopetistas, que pode ser medida pelos 11 trimestres em que o PIB despencou quase 9%, reforça o quanto foi fundamental levar a cabo o impeachment de Dilma Rousseff. Se o PT ainda estivesse à frente do governo, não conseguimos sequer imaginar em que estágio de degradação econômica, política, moral e social estaria o Brasil, provavelmente em absoluta conflagração.
Apesar dos obstáculos, das resistências e de todo o desgaste provocado por um processo lento e traumático, o afastamento da ex-presidente e a ascensão do governo de transição foram essenciais para que o país desse os primeiros passos em direção ao crescimento e voltasse aos trilhos do desenvolvimento.
A verdade é que, naquela ocasião, apesar de plenamente conscientes da necessidade do impeachment, não tínhamos a exata dimensão do tamanho do buraco em que Lula, Dilma e o PT haviam metido o Brasil. O fundo do poço, lamentavelmente, era mais fundo do que imaginávamos, o que explica certa demora para que o país superasse a fase mais aguda da crise.
Voltando ao momento presente, superada a recessão e já com vistas ao próximo ano, uma constatação é inescapável. Ao contrário do que alguns analistas mais apressados poderiam imaginar, é certo que as forças políticas associadas ao atual governo e que exercem papel fundamental no cumprimento da agenda de reformas terão um papel de certo significado a desempenhar na sucessão presidencial. Em 2018, uma vez mais, a economia será um dos fatores decisivos no processo eleitoral brasileiro.
Com o fim da recessão que tanto infelicitou o país nos últimos três anos, esperamos que a retomada da economia brasileira se consolide de forma ainda mais acelerada. Temos de continuar apoiando as reformas e a agenda econômica, que vêm avançando e levando o Brasil a um novo patamar. Se prosseguirmos nesse caminho, os brasileiros terão uma nova perspectiva já a partir de 2018, com menos inflação e mais emprego e renda. É hora de mirar o futuro.

por Roberto Freire,
Deputado Federal

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