A portaria 125 publicada no Diário Oficial da União (DOU) credenciou três leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Grupo em Defesa da Criança com Câncer (Grendacc), nesta segunda-feira (5). Esta era a única pendência que impedia o hospital de ser habilitado pelo Ministério da Saúde como instituição oncológica infantil. A expectativa é de que em 30 dias, o pleito, que já dura um ano, seja encerrado. O anúncio foi feito em coletiva de imprensa, na Sala de Situação, no Paço Municipal.
Neste um ano, sem o credenciamento, os três leitos receberam 22 pacientes, em 33 internações em 107 dias de uso. Atualmente o déficit do Grendacc estimado para este ano é de R$ 4 milhões, sendo R$ 420 mil negativos por mês. Somente em empréstimo, a entidade acumula R$ 2,398 milhões.
Os encontros foram lembrados pela presidente do Grendacc, Verci Bútalo. “Quantas viagens para Brasília realizamos em busca desse reconhecimento. Mas o mais importante é que nenhuma criança ficou sem atendimento, mesmo com todas as dificuldades encontradas”, explicou, emocionada.
O prefeito Luiz Fernando Machado destacou que o Hospital Grendacc recebeu o credenciamento após toda a construção técnica e política que foi realizada. “Temos que agradecer a todos os envolvidos, que lutaram para conseguir o resultado, inclusive os técnicos do Ministério da Saúde, que tiveram a sensibilidade de emitir o credenciamento com a data retroativa, a 24 de janeiro de 2017”.
Para o gestor da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), Tiago Texera, a habilitação foi a fase mais difícil a ser vencida. “Os leitos de UTI determinaram a única diligência apontada pelos técnicos, quando na visita, em junho do ano passado. Agora, com a solução desse impasse, espera-se que em 30 dias a habilitação do hospital para a rede oncológica seja concluída”, detalha. Texera lembra que a publicação com data retroativa, certifica que todo o processo realizado pela instituição juntamente com técnicos da administração municipal, estava correto.
Verba
Somente o Hospital do Grendacc deveria receber R$ 1,8 milhão por ano do Ministério da Saúde para o custeio do atendimento. Essa verba faz parte do Teto MAC devido à cidade, juntamente com os R$ 15,6 milhões referentes aos atendimentos em alta complexidade realizados pelo Hospital São Vicente de Paulo.