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sexta-feira, 19 abril, 2024

1ª morte de febre amarela em Valinhos foi contraída no próprio município

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O primeiro caso de morte por febre amarela em Valinhos é de origem silvestre, quando a transmissão ocorre pelo mosquito Haemagogus, e autóctone, ocorrido dentro do próprio município. A família do chacareiro Rui Antônio Lona Milani, de 49 anos, que morreu no último dia 1º de fevereiro na Santa Casa, não relatou nenhuma viagem recente da vítima. Ele vivia no Parque das Colinas e tinha uma propriedade no bairro Chácaras Alpinas, ambas próximas a regiões de mata.

Nos casos silvestres, a transmissão ocorre quando o inseto pica os primatas que vivem em áreas de mata. Em geral, esses primatas morrem, mas não é possível a transmissão para seres humanos. Por isso, os macacos não são vetores da febre amarela, mas servem como alerta para os serviços de saúde: macacos mortos significam que há possível contaminação.

O caso reforça a importância da vacinação como forma de prevenção da febre amarela. Familiares da vítima relataram a agentes da Secretaria da Saúde que ele chegou a ir até uma unidade para se imunizar, mas desistiu porque havia algumas pessoas para serem vacinadas antes. Todos os outros integrantes da família foram imunizados.

“As pessoas precisam procurar a rede pública de saúde em Valinhos para se vacinar. É a forma mais eficaz de proteção. A vacina demora 10 dias para fazer efeito, por isso, quanto antes os moradores forem até as UBSs, melhor”, disse Cláudia Maria dos Santos, diretora da Vigilância Epidemiológica de Valinhos.

O resultado do exame confirmando a morte por febre amarela foi divulgado pelo Instituto Adolfo Lutz na tarde desta segunda-feira (19). Atualmente a cidade tem uma morte confirmada, uma morte suspeita e seis casos em investigação da doença. Todos aguardam resultado de exames que estão sendo realizados no Instituto Adolfo Lutz.

Desde outubro do ano passado, Valinhos foi incluída entre os municípios de risco para a febre amarela devido à morte de macacos com suspeita da doença. Ao todo, foram 115 animais mortos, 90 no ano passado e outros 25 neste ano. Nos macacos em que foram feitos exames para detectar a causa da morte, os resultados deram negativo para a febre amarela. Alguns animais não puderam ser examinados por conta do avançado estado de putrefação.

Em função dos registros, a Prefeitura intensificou a rotina da Divisão de Controle de Vetor da Secretaria da Saúde que inclui a visita casa a casa diária por setores da cidade; ação em pontos estratégicos, como borracharias e ferros velhos; e avaliação trimestral por amostragem de proliferação de larvas.

Já a Secretaria de Obras e Serviços Públicos também intensificou as ações de limpeza da cidade para a eliminação de criadouros do Aedes. Os trabalhos incluem corte de mato das áreas públicas e notificação de proprietários de áreas particulares; limpeza de áreas irregulares de depósito de lixo e entulho por parte da população e varrição das ruas. No Parque das Colinas o trabalho de corte de mato e limpeza está terminando nesta semana.

A população pode colaborar dando destino correto ao lixo, já que a cidade é coberta praticamente 100% pela coleta de lixo,e evitando acúmulo de água em objetos que ficam em áreas abertas, como baldes, pneus, latas e garrafas. Já entulhos de construção precisam ser descartados por meio da contratação de caçambas.

A Prefeitura também planeja a realização de uma operação para o recolhimento de ‘bagulhos’, como móveis, eletrodomésticos, latas, garrafas, pneus, que possam servir de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e febre amarela. A última operação foi realizada nos meses de julho e agosto do ano passado.

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