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quarta-feira, 24 abril, 2024

Um elefante incomoda muita gente

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E um jornal incomoda muito mais. Incomodar – esta é a palavra-chave. Desde que nos propusemos a editar um jornal semanal, diferente de tudo o que havia em todas as cidades da região, a intenção sempre foi essa. E incômodo não é somente criticar. Abordar assuntos da maneira que ninguém aborda, ousar nos títulos e na linguagem. Temos conseguido incomodar.
Quando chegamos, ouvimos tantas profecias e tantas maldições que, se fracos fôssemos, teríamos nos benzido com arruda, sal grosso e até com sal do Himalaia. O tempo passou e hoje completamos três anos de circulação. Chegamos à edição de número 150, com edições interrompidas somente nos finais de ano (Natal e Ano Novo) por questão de princípios.
Nesses três anos assistimos de camarote muita coisa acontecer. E continuamos em frente. Vimos os que nos previam futuro sombrio, de existência efêmera, engolirem suas previsões indigestas e suas maledicências ruírem, cairem no descrédito.
Não somos o espírito de contradição, mas chega a parecer quando vamos contra a corrente, quando contrariamos a maioria. Sempre nos lembramos da máxima – a unanimidade é burra, imprestável. Talvez obriguemos muita gente a pensar – coisa rara nos dias atuais.
O mundo atual tem muita gente que gosta de receber a informação pronta, mastigada, explicada, desenhada – e se esquece que esse desenho, essa explicação, chega de acordo com o interesse de quem o faz. Difícil questionar, pensar. E temos exemplos aos montes.
Há anos se afirma que a Previdência Social, por exemplo, dá prejuízo. Todo mundo engoliu a história. Nós não. Nunca acreditamos e mostramos os porquês. Agora, um relatório da CPI da Previdência mostrou exatamente isso – a Previdência é lucrativa.
Mostramos também que há incentivo oficial para mais jogos de futebol para distrair o povo. E só agora o povo acordou para o fato de existirem jogos todos os dias, com ou sem tv.
Também não somos politicamente corretos. Nem queremos. E gostamos de ser criticados por socialistas de salão, outrora pendurados em bons cargos públicos, e que hoje estão longe da benesse e do dinheiro fácil, e portanto são obrigados a trabalhar.
Sabemos que não vamos consertar o mundo – e não é, não foi e jamais será nossa intenção. Também não vamos endireitar nossas cidades. Também não somos donos da verdade – e nem pretendemos. Mas temos opinião, e isso é que importa.
Nesses três anos em que sobrevivemos, nunca fomos um jornal do tipo água com açúcar. Fomos diferentes. Nos anos que virão – e não sabemos quantos – continuaremos na mesma linha. E se no fim de tudo estivermos errados, pelo menos serviremos de mau exemplo. Mas que vamos incomodar, vamos.
por Anselmo Brombal

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