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sábado, 20 abril, 2024

Conto erótico – censura: 16 anos

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Foi num único encontro que ele teve sua paixão despertada. Ela bonita, gentil, afável, receptiva aos galanteios. Ele, um conquistador nato. Nada bonito, mas firme o suficiente para convencê-la. Não tão gentil, mas suficiente para não passar por um bárbaro.
Desde o primeiro encontro os gestos foram ousados. E no primeiro encontro ele a copulou com todo seu ardor. Ela, submissa e obediente, viu com naturalidade esse gesto. E com o tempo, a cada novo encontro – e estes cada vez mais frequentes – ele a tomava nos braços e a possuía – ora com alguma ternura ora com violência, selvageria.
Apostava-se que esse relacionamento seria curto. Apostava-se que era uma paixão passageira, com tempo para durar e data para terminar. E isso não aconteceu. Não se sabe como nem porque, mas com o passar do tempo as cópulas se tornaram mais frequentes, mais selvagens. Quase estupros. Estupros consensuais talvez.
Ele passou por situações difíceis algumas poucas vezes. Ela fazia o que podia para sobreviver aos ímpetos selvagens do parceiro. Tentou fugir, se livrar, evitar, mas descobriu-se presa, arraigada, impotente para reagir. E ele redobrou sua selvageria.
Os estupros passaram a ser seguidos, intermináveis, cada vez com novos ingredientes. Quando questionado, ele arrumava desculpas. E novamente estuprava a bonita senhora. Uma espécie de agonia sem fim. Um relacionamento que começou com um romance, mas pode terminar com uma tragédia.
Pausa – Muitos podem estar procurando saber os nomes desses personagens, que são reais, palpáveis e atuais. Outros querem um título para essa história. Fica a critério de cada um. Os ítens essenciais para esse argumento: a história dura mais de 500 anos. É a história do nosso país.
Ele é nosso governo. Ela, a nação brasileira. Estuprada, violentada, explorada desde que alguém resolveu tirar dos índios seu comando. Ele criou regras para os outros, mas não as cumpre. É rigoroso nos recebimentos, mas omisso nos pagamentos.
Isso existe desde que alguém criou a necessidade de obrigar essa nação sustentar um grupelho criminoso, que tal parasita insistente, vive à custa do trabalho alheio. O parasita é nosso governo. Todos eles. Outros parasitas o circundam, como políticos da pior espécie.
Dir-se-ia que são co-autores dessa violência. No minimo coniventes, omissos. A bonita e formosa senhora continua sendo violentada dia e noite. Não reage, talvez por falta de auto estima, talvez por haver se habituado à selvageria. Sofre calada, enquanto esses estupradores se regozijam pela violência praticada.
E isso só terá fim no dia em que alguém resolver defender essa bonita senhora, rica, cheia de possibilidades de um futuro brilhante. Mas alguém que saiba o que de fato significa honra, caráter, dignidade. Talvez no terceiro ou quarto milênio – se o mundo sobreviver até lá.
por Anselmo Brombal

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