"Não é mordaça, é liberdade ao professor", diz Albino

Autor do projeto da Escola sem Partido rebate críticas e afirma que lei vai preservar o professor em sala de aula
Desde que apresentou o projeto da Escola sem Partido, o vereador Antonio Carlos Albino tem recebido críticas. Para alguns desses críticos, se o projeto se tornar lei será uma espécie de mordaça nos professores. Albino diz que o efeito é exatamente o contrário, e que as críticas chegam principalmente da extrema esquerda.
“O professor não pode impor sua ideologia na sala de aula, diz Albino. Ele precisa exercer o pluralismo, expor e debater todas as idéias e respeitar, assim como os alunos, os pontos de vista dos demais”.
Ele explica que isso é uma garantia ao professor, principalmente. “Se tivermos um governo com determinada ideologia, é natural que haja uma espécie de pressão para que essa ideologia chegue à sala de aula, diz ele. Nada mais justo do que garantir ao professor a exposição da pluralidade de idéias”. Ele conta ainda que no começo do ano foi impedido por uma professora de entrar numa escola por não ter o mesmo ideário político que ela.
No projeto, Albino abole também a ideologia de gênero. “Não podemos permitir nada que incentive algo contrário ao fator biológico, explica. Por isso não é correto o professor impor sua vontade, fazer esse incentivo principalmente às crianças”.
Albino cita ainda um princípio marxista para explicar as críticas que tem recebido.”Para destruir o patrimônio, é preciso antes destruir a família, diz. E isso é um meio para chegar à revolução política”. Ele finaliza manifestando-se favoravelmente à liberdade de cátedra: “O professor precisa ter essa liberdade. Fora da sala de aula, ele manifesta a ideologia que melhor lhe aprouver”.