Câmara de Itatiba é subserviente, afirma vereador

Afirmação é de Edvaldo Húngaro, que está no quinto mandato como vereador. Crítica vale para os legislativos
Edvaldo Húngaro é vereador em Itatiba pela quinta vez. Nos dois últimos anos foi presidente da Câmara. Filiado ao PDT, diz que aprendeu muito nesses anos, mas não hesita afirmar que a Câmara atualmente é subserviente ao prefeito Douglas Augusto.
A crítica de Edvaldo se estende às casas legislativas em geral. “Hoje o vereador tem poucas atribuições, diz ele. Não pode realizar, não pode propor leis ou projetos que gerem gastos, não pode propor coisas que são da alçada da Prefeitura. Cabe ao vereador, então, fiscalizar. Mas nem isso estão fazendo”.
Observador e estudioso da política, Edvaldo tem uma conclusão. “Quando da eleição, normalmente se elegem quase 70% de candidatos de oposição – diz ele. Após a posse do prefeito, 94% já estão na situação”.
Hoje Itatiba tem 17 vereadores e quase 80 mil eleitores. Ele não concorda que haja vereadores demais na cidade. “Quanto mais representação, melhor”, afirma. Mas gostaria que as câmaras tivessem outra postura. “Não é só em Itatiba que acontece essa subserviência, mas em muitas câmaras, diz. Elas funcionam como um cartório que valida tudo o que o prefeito faz”.
Conhecedor dos problemas da cidade, já antecipava o agravamento da situação da saúde. Agora, que a Santa Casa deixou de atender emergências pelo SUS (tudo será encaminhado para a UPA), prevê mais problemas.
Estudo não falta. Até seu nome tem uma razão – Edvaldo nasceu em 1962, ano em que o Brasil conquistou a Copa do Mundo do Chile. Teve gol de Vavá, o centroavante. E Vavá era Edvaldo.