Com 12 anos, Casa da Fonte torna-se referência na região

Fundada em 2005, Casa é projeto social da empresa que trata o esgoto de Jundiaí e exemplo para as cidades
A professora Maria Cristina Castilho de Andrade já tinha passado por salas de aula, por gabinetes políticos e até pela Secretaria de Cultura. Um dia ouviu uma proposta, se interessou e fez disso um projeto que, doze anos depois, já é referência em toda a região, a Casa da Fonte.
Começou pequena, num salão comunitário. Em 2005, a Companhia Saneamento de Jundiaí (CSJ) resolveu bancar o projeto, dando mais condições de atendimento. Instalada num bairro considerado carente, o Novo Horizonte, a Casa é uma espécie de abrigo e porto seguro para crianças e adultos em busca de conhecimento, principalmente.
As regras são rígidas, principalmente com a criançada. É preciso estar com os estudos em dia para participar das brincadeiras, jogos e outros cursos. Muitas mulheres encontram também na Casa um lugar para aprender profissão e conseguirem uma renda extra para a família. E até dona Irene, mãe de Cristina, com mais de 90 anos, dá aulas voluntariamente – ensina crochê, bordado e outras habilidades que em sua época eram comuns às mulheres.
Na Casa não faltam cursos. O mais concorrido é o de cabeleireiro e manicure – também com regras. “A missão da Casa da Fonte é proporcionar oportunidades de crescimento pessoal e profissional. Nossos valores incluem integridade, cidadania, responsabilidade, iniciativa e dedicação”, afirma Cristina.
Mas há cursos de dança, de capoeira, ginástica, artesanato, costura… e tudo de graça. Tem parcerias também com as escolas do bairro e com o centro esportivo. “Temos cursos, palestras, atividades para todas as idades, diz Cristina. Só é preciso que a pessoa tenha vontade”.
No recinto da Casa, a administração ocupa uma pequena construção, que divide com a biblioteca. Ao lado, campo de futebol e área de recreação, e no fundo, salas onde todos aprendem um pouco de tudo.
O aprendizado dá bons resultados. Crianças da Casa da Fonte – e não é internato ou orfanato – já se apresentam em praças públicas nos finais de ano. Desfilam no 7 de Setembro, por lá festejado com antecedência. “O mais importante é que sabem que estdando, se esforçando e se dedicando é possível um futuro melhor”, finaliza Cristina.