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quinta-feira, 28 março, 2024

Criar golpes virtuais já é um negócio no Brasil, diz especialista em 'sequestro digital'

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O Brasil está no top 10 dos países mais afetados por golpes virtuais, segundo relatório da Kaspersky Lab, empresa russa de segurança digital. “A quantidade de malwares [software malicioso] criada no Brasil não é algo reutilizado. Brasileiros estão criando coisas novas. É um negócio”, afirma o analista argentino Santiago Portiroli, em evento em Moscow, na Rússia.

O FBI, a polícia federal norte-americana, registrou US$ 1 bilhão em perdas para usuários via ransomware em 2016. Foram US$ 250 mil no ano anterior. Na América Latina, o Brasil lidera com 42% dos ataques. A campeã mundial é a Rússia, com mais de 20% dos ataques detectados em empresas e usuários desse país.

O ransomware é um tipo de ataque que bloqueia o sistema ou codifica os arquivos e documentos armazenados, de modo a impedir o acesso. Dessa forma, exige que a vítima entre em contato com o criador do vírus e faça um pagamento para que uma senha seja liberada.

“É um crime perfeito. Infecta o usuário sem que ele dê duplo clique e o pagamento em bitcoin não é rastreável. Um kit de ransomware é vendido por US$ 5 mil e a promessa é de ganhar US$ 25 mil em um dia”, explica Portiroli.

“No Brasil, há mais antivírus piratas, falta de capacitação, softwares desatualizados… Por um lado, estamos melhorando a tecnologia, por outro mostra que é uma região que interessa aos criminosos. Hoje, pedindo um resgaste em bitcoin não importa onde a pessoa esteja. Se sequestra os arquivos e pede de US$ 300 a 500, a pessoa pagará”, explica o analista, acrescentando que há também casos de ataques a hospitais e outras instituições.

Não pague o resgaste…
Para combater essa que é a ameaça que mais cresceu neste ano, foi criada uma campanha chamada “No more ransom”, com apoio de empresas de segurança digital e agências governamentais. A ideia propagada é que o usuário não deve pagar o resgaste exigido pelo “sequestrador”. Há números que podem ajudar a convencer as pessoas. Em 2016, mais de 2500 vítimas recuperaram os arquivos sem pagar o resgaste e US$ 1,5 milhão foram poupados.

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