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sábado, 20 abril, 2024

Misericórdia e reconciliação

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Estamos no Ano Santo da Misericórdia! o Papa Francisco apresenta o fundamento e razão do ano santo: “Jesus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai” . A misericórdia é, pois, “o coração pulsante do evangelho”. O lema escolhido para esse Jubileu é um chamado à vivência concreta da fé e a misericórdia: “Misericordiosos como o Pai”.
O Papa estabelece que em todas as Dioceses, Santuários, Paróquias, Comunidades cristãs se realize a celebração deste Ano Santo como um acontecimento extraordinário de graça e renovação espiritual. Além disso, recomenda a revitalização das obras de misericórdia corporal e espiritual fixadas pela Igreja, para entrarmos no coração do Evangelho, onde os pobres são os privilegiados da misericórdia divina.
Obras de misericórdia corporal: dar comida aos famintos, bebida aos sedentos, vestir os nus, acolher os peregrinos, visitar os doentes, visitar os presos e enterrar os mortos (velórios). Obras de misericórdia espiritual: aconselhar os indecisos, ensinar os ignorantes, admoestar os pecadores, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, suportar com paciência as pessoas inconvenientes, rezar pelos vivos e defuntos.
Neste Ano da Misericórdia, o Papa Francisco quer dar a importância de viver a misericórdia de Deus através do sacramento da Reconciliação, como “sinal da bondade do Senhor”  e do “abraço” de Jesus. “Ser tocados com ternura pela sua mão e plasmados pela sua graça permite que nos aproximemos do sacerdote sem medo por causa das nossas culpas, mas com a certeza de ser acolhidos por ele em nome de Deus” .
o cristão não vive isoladamente o seu relacionamento com Deus. Toda a salvação tem uma dimensão comunitária. Não só porque, para o cristão, ela se realiza normalmente pelo ministério da Igreja, mas também porque, em certo sentido, a Igreja toda, através do pecador, faz penitência e confessa os seus pecados.
Com o seu pecado, o pecador não só ofende a Deus e a certas pessoas determinadas, mas também à comunidade eclesial. Se confessarmos a nossa fé na “comunhão dos santos”, poderemos facilmente compreender que o pecado, ao afastar da vida da graça um dos membros, limita essa comunhão, abre como que uma ferida no corpo da Igreja (TRESE, 1999).
O Catecismo da Igreja Católica explica que “a conversão interior impele à expressão exterior com gestos e sinais visíveis, gestos e sinais de penitência” (n. 1430). E o Catecismo completa, de modo muito preciso: “A penitência interior é uma radical reorientação de toda a vida, um retorno, uma conversão a Deus com todo o coração, uma ruptura com o pecado, uma aversão ao mal, juntamente com a reprovação das más ações que cometemos”.
O Papa Francisco conhece a situação atual e o mundo precisa de misericórdia, de um novo impulso, de um novo início. Deus é amor que se transborda a toda a humanidade, ainda que sejamos infiéis. Deus jamais quebra a sua aliança conosco, pois sempre haverá abundância de amor e de perdão, onde tudo será restabelecido e é, por causa dessa relação de desiguais, que se roga sempre a misericórdia para assim recomeçarmos.
Aprendamos, portanto, no Ano Santo da Misericórdia, a ser misericordiosos uns com os outros para merecermos a misericórdia de Deus. Vivamos a experiência do perdão e da reconciliação.
CARDEAL ORANI TEMPESTA
Arcebispo do Rio de Janeiro

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