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sexta-feira, 26 abril, 2024

A quem interessa a cultura aparelhada?

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A reação dos militantes ressentidos do PT já era esperada. Eles ainda vão espernear por muito tempo. À medida que estão sendo desalojados das boquinhas públicas cresce a vontade de atear fogo ao país. Afinal de contas, foram mais de dez anos mamando nas tetas do governo, realizando negócios escusos e aparelhando o Estado.
O resultado de tudo isso foi o surgimento da maior organização criminosa do Brasil. Dois tesoureiros petistas na cadeia e um na bica de também ser preso, o ex-ministro da Comunicação Social, Edinho Silva. Zé Dirceu, o maestro do esquema, voltou para a cadeia e agora foi novamente condenado a mais de 20 anos. E os grandes empresários, cúmplices de toda bandalheira, também estão amargando seus dias na prisão.
É natural que os desempregados petistas reajam de forma violenta a qualquer tipo de mudança institucional. Afinal de contas, como são desqualificados, certamente não vão conseguir emprego facilmente na iniciativa privada. Os mais exaltados, como era de se esperar, são aqueles que perdem os salários milionários e as negociatas nos ministérios.
Agora, desolados, tentam de todas as formas reorganizar grupos para desestabilizar o governo e promover badernas. O eco dos ressentidos ainda será ouvido por todos os cantos, estimulado pelos pelegos da CUT que transformaram as entidades de classe em centrais de propaganda fascista com o dinheiro da contribuição sindical.
Os petistas do fundamentalista Rui Falcão estão atentos a tudo. E se Temer vacilar, eles vão para o ataque. Veja o que acontece com a ocupação do ministério da Cultura nos estados. A cultura da república sindical mostrou-se um desastre. O orçamento do ministério, segundo a própria Dilma, era de 1%, insignificante para a demanda, quase todo direcionado aos apadrinhados do PT.
É inconcebível, por exemplo, que filmes de chachadas patrocinados pela Globo Filme cheguem ao mercado incentivados pelo dinheiro público da Ancine. E que esse mesmo dinheiro tenha foco na produção dos filmes dos simpatizantes lulistas.
Por que os filmes incentivados têm que cobrar ingressos já que recebem dinheiro público para serem realizados? Por que então não chegam aos cinemas com preços mais baixos, já que foram subsidiados, para que mais gente tenha acesso às salas? Por que uma quota desses filmes não é destinada gratuitamente para as comunidades pobres?
Ao passar o serrote no ministério, sem uma discussão ampla com os gestores sérios e apartidários da cultura no Brasil, Temer deu aos militantes petistas o pretexto que eles queriam para fazer protestos contra o governo nos festivais de cinema do mundo, a exemplo do que ocorreu no FESTin, de Lisboa, e em Cannes, na França, onde eles chegaram às custas do dinheiro público.
É preciso desaparelhar o estado, torná-lo mais amplo, despolitizá-lo. Criar mecanismos para que todos que fazem cultura no Brasil, independente de partido e de cor ideológica, tenham as mesmas oportunidades. Não é um prédio ou o fim de uma nomenclatura que vai impedir que o país se abra para o mundo. O Brasil precisa, de verdade, de gente que pense um novo modelo para a cultura sem o peso da mão de ferro ideológica.
JORGE OLIVEIRA
Cineasta

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