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sexta-feira, 19 abril, 2024

É guerra. Bigardi lança Comitê contra o Aedes

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Cidade se prepara para enfrentar o mosquito que está assustando o país inteiro
A Prefeitura lançou na terça-feira (8) o Comitê Municipal de Controle da Dengue, Febre Chikungunya e Zika Vírus. O objetivo é integrar as diversas secretarias da Prefeitura e outras instituições ligadas à saúde, como os hospitais, para intensificar as ações de combate e controle do mosquito Aedes aegypti na cidade.
Durante a reunião foi apresentada a proposta de decreto para o comitê, envolvendo diretamente dez secretarias e órgãos (Saúde, Educação, Serviços Públicos, Obras, Negócios Jurídicos, Planejamento e Meio Ambiente, Comunicação Social, Assistência e Desenvolvimento Social – Semads, Fumas e Defesa Civil), além dos hospitais públicos e privados, a Faculdade de Medicina (FMJ) e o Conselho Municipal de Saúde (Comus).
O prefeito Pedro Bigardi destacou a preocupação do governo com um possível surto da doença no próximo verão. “Estamos chegando a um momento preocupante, principalmente com o surgimento de novas doenças, como o zika vírus, e sua relação com a microcefalia. O quadro de Pernambuco é assustador. E nós não sabemos como essas doenças vão andar pelo País. A situação é de extrema preocupação”, alertou.
Segundo Bigardi, mesmo com todo o trabalho de prevenção e fiscalização que é realizado durante todo o ano na cidade, é preciso que a população se envolva mais. “Há uma tendência de a gente se acomodar, o assunto se torna rotineiro e acabamos descuidando. Por isso, estamos criando esse comitê permanente, para intensificar ainda mais as ações, integrar as secretarias e cobrar mais engajamento de todos, para que a Saúde não seja a única gestora.”
O secretário de Saúde, Luís Carlos Casarin, reforçou que o País deve enfrentar uma epidemia grande do Aedes aegypti no próximo verão, trazendo além da dengue, o chikungunya e o zika. “Temos de nos preparar para enfrentar, com todas as secretarias focadas no controle e eliminação dos criadouros do mosquito. Essa ainda é a forma mais eficaz para o combate. Mas não conseguiremos segurar essa epidemia sem o apoio da população.”
Conforme o decreto, cada secretaria envolvida diretamente vai ficar responsável por ações específicas. A Secretaria de Educação, por exemplo, vai dever abordar o tema na grade curricular e envolver os profissionais na execução de atividades de controle do vetor. Já Serviços Públicos vai ser responsável pela manutenção dos prédios municipais isentos de criadouros e execução de ações para correção das situações irregulares nas áreas públicas e apoio às atividades de vigilância e controle do vetor, além da fiscalização dos imóveis sem edificação e em situação irregular.
Durante a reunião, o gerente do Centro de Vigilância e Controle de Zoonoses, Carlos Ozahata, mostrou os números da dengue no Brasil e na cidade, e explicou um pouco mais sobre o zika vírus e o chikungunya. Em Jundiaí, ainda não há nenhum caso suspeito das novas doenças. “Os pratos de plantas ainda são os maiores vilões, responsáveis por 84% dos focos do mosquito Aedes aegypti na cidade”, afirma Ozahata.
Ele também listou as ações que a Zoonoses realiza durante o ano, dentro do Programa Municipal de Controle do Vetor Transmissor da Dengue, entre elas as visitas casa a casa, vistorias em pontos estratégicos e imóveis especiais, bloqueio de focos positivos, busca ativa de sintomáticos, pesquisa e avaliação de densidade larvária, atividades educativas, entre outras. Além das parcerias com a Faculdade de Medicina de Jundiaí, com o 12º GAC e com os agentes comunitários de saúde.
Na semana passada, a Secretaria de Saúde reuniu coordenadores e diretores da pasta para falar de novas estratégicas de ação para prevenção e combate ao Aedes aegypti. Um dos principais pontos discutidos foi o acolhimento dos pacientes com suspeita de alguma das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
A proposta é consolidar a integração da Vigilância em Saúde com a rede básica para definição de protocolos de acolhimento adequado e de encaminhamento dos casos suspeitos para o próximo verão.
Na última temporada, a maioria dos casos de dengue registrados em Jundiaí teve sintomas leves, por isso a orientação é para que todos os pacientes com suspeita de alguma das doenças relacionadas ao Aedes aegypti sejam atendidos inicialmente nas unidades básicas de saúde. Com isso, os pronto-atendimentos e os hospitais atenderiam os casos de média e alta complexidades. O objetivo é resolver pelo menos 70% das situações na atenção básica.

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